As nuvens escuras penduradas no ceú
São as evaporações da minha mágoa.
Não couberam dentro do meu chapéu,
E se condensaram em forma de água.
E naquela poça dágua, no meio da rua,
Sentindo da noite o insuportável calor,
A lua tenta se refrescar, inteirinha nua,
Tal como uma donzela sem muito pudor
No fundo do poço, um espelho dágua,
Refletiu o brilho de uma linda estrela,
Parecia uma noiva vestida de anágua;
Era tão bonita que eu desci para vê-la.
As poças d’água que parecem cristais,
Refletem mensagens em imagens tortas,
Vindas do mundo que já não existe mais
Feito da luz de muitas estrelas mortas.
A chuva que cai, forma uma enxurrada;
Leva todo o lixo para dentro dos canos.
Que leve as mágoas dum’alma cansada,
Desta vida de sonhos, planos e enganos.
São as evaporações da minha mágoa.
Não couberam dentro do meu chapéu,
E se condensaram em forma de água.
E naquela poça dágua, no meio da rua,
Sentindo da noite o insuportável calor,
A lua tenta se refrescar, inteirinha nua,
Tal como uma donzela sem muito pudor
No fundo do poço, um espelho dágua,
Refletiu o brilho de uma linda estrela,
Parecia uma noiva vestida de anágua;
Era tão bonita que eu desci para vê-la.
As poças d’água que parecem cristais,
Refletem mensagens em imagens tortas,
Vindas do mundo que já não existe mais
Feito da luz de muitas estrelas mortas.
A chuva que cai, forma uma enxurrada;
Leva todo o lixo para dentro dos canos.
Que leve as mágoas dum’alma cansada,
Desta vida de sonhos, planos e enganos.