LUAS DE AJURUTEUA - CANTO N° 25

CÉU DA MENTE

Deixo aqui, caro leitor,

minha trova condizente,

pequena estrela acendida

no escuro do céu da mente.

O POETA DESIGUAL

Sou um poeta estrambótico,

solitário, desigual,

um pé de milho plantado

no meio do arrozal.

NOITE ESTRELADA

A noite assume seu posto,

a praia um grande deserto,

a escuridão se alastra,

estrelas num céu aberto.

NOVOS TEMPORAIS

As chuvas se anunciam,

recolhem-se os animais,

a floresta se apronta

para novos temporais.

PROFUSÃO

A luz transborda profusa,

a vista é toda candura,

vai beirando meio-dia,

a tarde se configura.

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 17/11/2018
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