LUAS DE AJURUTEUA - CANTO N° 25
CÉU DA MENTE
Deixo aqui, caro leitor,
minha trova condizente,
pequena estrela acendida
no escuro do céu da mente.
O POETA DESIGUAL
Sou um poeta estrambótico,
solitário, desigual,
um pé de milho plantado
no meio do arrozal.
NOITE ESTRELADA
A noite assume seu posto,
a praia um grande deserto,
a escuridão se alastra,
estrelas num céu aberto.
NOVOS TEMPORAIS
As chuvas se anunciam,
recolhem-se os animais,
a floresta se apronta
para novos temporais.
PROFUSÃO
A luz transborda profusa,
a vista é toda candura,
vai beirando meio-dia,
a tarde se configura.