ALMA

Alma que passeia pelo meu ser claudicante,

sacoleja minha carcaça onde ela é a cabine,

Vagueia comigo, por estradas perdidas, sofre,

Achatada num coração que sempre a comprime.

Conhecemos amores, que vieram, se foram ou viriam

por noites maltratadas, luas, e astros,vãs coniventes,

antagônicas dos sois que vem brilhando tristes,

e paixões vadias, tórridas movem o ébrio contente.

Terezas, marias e dolores, Naus de um mar de problemas,

emanavam das sombras moléstias futuras e irreversíveis.

em canções dolentes pelas frias madrugadas solitárias,

Alegrando sim, caronas indesejáveis e males invisíveis.

A reza braba não dá lugar a orações iluminadas e salvadoras,

Se a segunda é de alva cor a primeira no temor trás o bréu.

Levando notívagos boêmios a perambular, sempre errantes,

Por lugares onde até o próprio diabo há tempos esqueceu.

Mas calma, oh alma! Te volverei à tranquilidade, um dia,

Quando talvez a mocidade ceda lugar a maturidade,

Quero sair disso, perdi as chaves da rua da amargura,

Recalcitrante por vielas duvidosas longe da tal felicidade.

No vazio das amizades, alma minha, não vejo a ninguém

Lentamente rechaço o trinômio: Drinck, cigarro e meretriz

Sigo em busca da paz que campeia no mundo mais comum.

Para quem sabe mais livre leve e solto eu volte a ser feliz.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 15/11/2018
Reeditado em 15/11/2018
Código do texto: T6503163
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