Um Desditoso Poeta
Quem me vê cordial e prazenteiro,
Mas sozinho no meu canto,
Sou triste o dia inteiro,
As vezes chegando ao pranto.
Uma frustração crônica
Uma vida sem sentido,
Uma visão de bronca,
Deste poeta oprimido.
Rimas pobres eu sei,
Versos imitando cordel,
Mas quantas vezes chorei,
Pois a mim não sobra mel.
Digo o mel da vida,
Igual a mim muitos não bebe,
Atiram –me flecha na ferida,
Me fazem mendigo que fede.
Só vi a escuridão,
No túnel não vi a luz,
Aqui neste mundo cão,
Sem o amor que me seduz.
Lair Estanislau Alves.