Trova de um rio triste

Pergunto ao rio que corre

Porque está triste e infeliz

Por muito que perguntemos

O rio nada nos diz.

Ao percorrermos as margens

Quer para cima, quer para baixo

Pobre rio que anda triste

Sempre e sempre, cabisbaixo.

Rio que sofre em silêncio

Sem fazer grande alarido

Porque outros rios maiores

Já fazem, muito ruído.

Rio pequeno sem força

Com caudal pouco profundo

Já pouca importância tem

Para poder gritar só mundo.

Outros rios com mais força

Com muitos afluentes

Juntaram as suas águas

São agora imponentes!

Pobre rio que é pequeno

E sem força para lutar

Olha triste para as margens

Pois só lhe resta chorar...

Gilberto Fernandes

Gilberto Fernandes
Enviado por Gilberto Fernandes em 26/03/2018
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