"Num queremo sê mais",

O meu sertão pricisa sê respeitado

É verdade qui nóis fala errado

Mais num é pru nosso querê

Pa nóis farta um bocadinho de tudo

Fais uma farta danada u istudo

Mais o qui qui vamo fazê.

Mais digo pra mecê cum sinceridade

Num semo istudado é verdade

Mais oia sabemo tratá bem

U nosso rancho modesto é um abrigu

Tamo di braço aberto prus amigu

E pru discunhicidu tamem.

O matuto tem um grandi coração

Pro mode qui nois tudo semo irmão

E temo muito qui aprendê

A modernisse da grandi cidadi

Só serve pro ceis tê sodadi

Di coisa qui ai oceis num vê.

Pur exempro o canto di um sabiá

O mugi das vacas no currá

A portera e sua batida

E oia é u nosso trabaio di inchada

Que fais ai na cidadi a moçada

Tê a sua mesa surtida.

Ocê me adiscurpa patrão

Mas falo isso di coração

O que mais farta pa gente é pais

Vive di mão dada e lutano

O memo bijetivo buscano

Num queremo sê nem meno nem mais.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 28/08/2007
Código do texto: T628326
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