Sem direito a soluços.
Atrvés do vidro embaçado da janela
Eu observo uma cena peculiar e bem singela
Por etre arvores raios de sol misturar com neblina
Folhas secas espalhadas pelo chão no abandono
Sendo arrastadas pelo vento frio do outono
Que impiedoso o fim de cada uma delas determina.
Foi por vontade de DEUS que se deprenderam do galho
Onde humildes serviram de proteçaõ e agasalho
Aos passarinhos que nos ramos pernoitaram
Certa manhã foram atiradas bruscamente ao chão
Sem lhes dizerem porque motivo ou qual razão
E pegas de surpresa sem tempo nem questionaram.
Isto fez lembrar o coração deste poeta apaixonado
Deu um instante para o outro sem amor e desprezado
Como aquelas folhas secas arrastadas pelo vento
Um coração acostumado a tão doces carinhos
De repente abandonado numa curva do caminho
Sem ter direito a soluços e nem lamento.
O que agitou meu coração não foi vento,mas uma brisa impetuosa
Que aida a pouco tinha a delicadeza de uma rosa
E o meu coração indefeso igual as folhas sem vida
Que o vento de outono arrastava sem piedade
Esta agora acabrunhado e amarelo de saudade
Dos raios de sol sobre a neblina naqula manhã tão colorida