TROVAS PILARENSES
Eu sou filho do Pilar,
Meu torrão, meu aconchego;
Como amo este lugar,
Terra de Zé Lins do Rego!
Minha terra é pequenina,
Mas encanta o mundo inteiro,
Pois Pilar em prosa e rima
Honra o solo brasileiro!
De prazer minh’alma canta
Quando vejo o meu Pilar;
Saltam versos da garganta
Sem vontade de parar!...
Quem nunca escreveu um verso
Em Pilar fica inspirado,
Contemplando o universo
De Zé Lins com seu passado.
Faço um verso de repente,
De repente faço um verso;
Só pra cantar minha gente,
Meu torrão, meu universo!
Pilar terra nordestina,
Meu rubi, meu diamante;
És tão bela e pequenina,
Mas, pra nós, tu és gigante!
Pilar terra abençoada,
Melhor recanto do mundo;
És minha terra encantada
Que não esqueço um segundo.
Pilar meu torrão amado
Que Deus me deu como berço,
Quero sempre ‘stá ao seu lado,
Dedicando amor e apreço!
Oh terra da minha infância!
Da juventude também!
Faz-me sofrer a distância
Quando não ‘stou com meu bem!
Minha pequena gigante,
Oh minha terra querida!
Cantar-te-ei cada instante
Como todo amor de minh' vida.
Não trouxe um pouco de terra
Da minha terra pra mim,
Mas no meu peito se encerra
Pilar inteira, sem fim!
És a terra que prefiro,
Que Deus me deu como minha;
Como escreveu Casimiro:
“Hei de fazê-la rainha”!
Antonio Costta
(Pilar-Paraíba)