FUNERAL.
Nessa triste hora,
Quem virar me visitar?
Dos amigos , que são poucos,
Muito pouco vão estar.
Alguns até podem dizer:
Foi bom sujeito, não fez por merecer.
Os parentes cada um,
Demonstrando mais pesar,
Parece ate um concurso, de lagrimas a derramar.
Cada um com uma historia, em uma intimidade,
Que antes não havia, uns a dizer aos outros:
Você lembra aquele dia?
A Viúva , no canto a chorar,
Os Filhos, já criados, tratando de consolar.
Alguém, bem vestido, lá da porta a olhar,
Veja só, um credor, com um contrato a saldar.
Bem no fundo, no escuro, uma mulher a soluçar,
De estatura mediana,
Não tenho duvidas : Elaine...
Quantos segredos a guardar.
E assim passa o dia,
idas, vindas...
Alguém disse:
Tá na hora de sepultar.
Esperei que alguém em lagrimas,
Sobre meu corpo se atirar.
Que nada , isso é coisa de novela,
Fecha a tampa, vamos levar.
Cemitério todo pronto, cova caiada,
Uma beleza, féretro baixando...
Escuridão chegando...
Melhor ir se acostumando..