SOLIDÃO NA LUA (TROVANDO EM ALEXANDRINO - 035)
NA SOLIDÃO DA LUA.
(TROVANDO EM ALEXANDRINO) (Moderno Quaternário) _ 034
É difícil entender o que há neste sol
Que não brilha, risonho, no meu coração,
Se permuta em nuances o belo arrebol,
Se rebrilha, lá fora, com tanta paixão!
Salve Deus! Vai embora, cruel solidão,
Do meu peito, onde habitam a paz e alegria,
Que provêm do Divino Senhor da Criação,
A beleza das cores e a doce magia.
O meu tempo precioso não é tão extenso
E não posso ficar a contar as estrelas
Bem pertinho de mim, num suave consenso
Pois, prefiro sonhar que, algum dia, vou tê-las.
Fique o sol no seu trono, com o riso amarelo...
Hoje, quero na noite, curtir nossa Lua,
Envolver-me em seu manto translúcido e belo,
Na carícia da brisa, na paz que é só sua.
*
Maria de Jesus Araújo Carvalho.
Fortaleza, 18/10/2017