NO APERTO
Viagens de trem tem gente demais
Se amontoam na porta, apertam atrás
“Vão pro corredor”, diz o condutor
Parar no meio da marcha é um horror
No aperto, a gente se esbarra
De metrô, então, é gente aos montes
Logo que pinta no horizonte
Não tem fila, não tem ordem
É deixa levar, que os anjos acodem
No aperto, a gente se esbarra
Dia desses a gente se vê
Se acena, na falta de um a,b, c
Quem sabe em qualquer estação
Dê tempo de abraço, um aperto de mão
No aperto, a gente se esbarra