NO APERTO

Viagens de trem tem gente demais

Se amontoam na porta, apertam atrás

“Vão pro corredor”, diz o condutor

Parar no meio da marcha é um horror

No aperto, a gente se esbarra

De metrô, então, é gente aos montes

Logo que pinta no horizonte

Não tem fila, não tem ordem

É deixa levar, que os anjos acodem

No aperto, a gente se esbarra

Dia desses a gente se vê

Se acena, na falta de um a,b, c

Quem sabe em qualquer estação

Dê tempo de abraço, um aperto de mão

No aperto, a gente se esbarra

Rinaldo Saracco
Enviado por Rinaldo Saracco em 27/09/2017
Código do texto: T6126114
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