Resposta da Donzela ao Menestrel
Não suporto a tua ausência,
Anjo bom, amor candente,
vivo presa à vil demência
de um pátrio poder ausente.
Rego a flor, e ela morre
- talvez de tédio padeça -
leva-me, presto, socorre,
antes que o jardim feneça...
Sonhei tuas mãos nas minhas,
misto de dor e delícias,
chorei saber que não vinhas
inundar-me de carícias.
Juro aos pés da Santa Cruz
calar o alaúde e o berro:
Ó Senhor, devolve a luz,
ou nas trevas me desterro!
Não suporto a tua ausência,
Anjo bom, amor candente,
vivo presa à vil demência
de um pátrio poder ausente.
Rego a flor, e ela morre
- talvez de tédio padeça -
leva-me, presto, socorre,
antes que o jardim feneça...
Sonhei tuas mãos nas minhas,
misto de dor e delícias,
chorei saber que não vinhas
inundar-me de carícias.
Juro aos pés da Santa Cruz
calar o alaúde e o berro:
Ó Senhor, devolve a luz,
ou nas trevas me desterro!