Sózinho eu sou o lamento.
Acredito não ter limites
A minha fertil imaginação
Em brincar com as palavras consiste
O nobre ideal deste meu coração
Se caminho na vida alegre ou triste
Nada deve impedir a minha inspiração.
A pureza do meu versejar
E a sua sigela razão de ser
Consiste em fazer um coração vibrar
Ao analizar a inutilidade do sofrer
Eu sempre reitero a vantagem de amar
E farei isso em tudo que eu escrever.
Eu não prego nunca a ninguem
O que eu próprio não acredito
Conheço a dor que a saudade tem
E sei que a solidão é um troço esquisito
Viver sem o amor de um alguem
É o mesmo que envazar o teu próprio grito
Cada minuto da vida ao amor eu dedico
Não vivo um segundo sem pensar no amor
Posso não ter nada mas sem amar eu não fico
Se uma alma fingida é a causa de dor
Nos versos que eu escrevo eu sempre explico
O que nesta vida eu dou mais valor.
Ao lado de uma mulher sou um poeta pacifico
Sózinho sou o lamento,o próprio dissabor
Se tenho um amor a vida eu descomplico
Sou tranquilo e observo a mais simples flor
A solidão me tira a paz é um cruel confisco
E ai some um poeta e se extingue um trovador.