Sózinho eu sou o lamento.

Acredito não ter limites

A minha fertil imaginação

Em brincar com as palavras consiste

O nobre ideal deste meu coração

Se caminho na vida alegre ou triste

Nada deve impedir a minha inspiração.

A pureza do meu versejar

E a sua sigela razão de ser

Consiste em fazer um coração vibrar

Ao analizar a inutilidade do sofrer

Eu sempre reitero a vantagem de amar

E farei isso em tudo que eu escrever.

Eu não prego nunca a ninguem

O que eu próprio não acredito

Conheço a dor que a saudade tem

E sei que a solidão é um troço esquisito

Viver sem o amor de um alguem

É o mesmo que envazar o teu próprio grito

Cada minuto da vida ao amor eu dedico

Não vivo um segundo sem pensar no amor

Posso não ter nada mas sem amar eu não fico

Se uma alma fingida é a causa de dor

Nos versos que eu escrevo eu sempre explico

O que nesta vida eu dou mais valor.

Ao lado de uma mulher sou um poeta pacifico

Sózinho sou o lamento,o próprio dissabor

Se tenho um amor a vida eu descomplico

Sou tranquilo e observo a mais simples flor

A solidão me tira a paz é um cruel confisco

E ai some um poeta e se extingue um trovador.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 14/08/2007
Código do texto: T607315
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