O perigo das brasas.
Isso faz parte da vida
Amar e sentir paixão
Sempre curando a ferida
Que machuca o coração
Por uma história escondida
A beira de uma erupção
Como brasa adormecida
No interior de um vulcão
Esta é a vida de quem ama
E em tudo vê beleza
Está sempre as voltas com a chama
Brasas que dormem acesas
Como larva que derrama
E queima com delicadeza
Uma alma que reclama
Do amor a incerteza.
Mas sem amar não se vive
Por isso tem que ser assim
Com o perigo das brasas convive
Quando tudo parece o fim
A brasa que dormia revive
Sem nenhuma pena de mim
Que paz até ontem não tive
Porque foi para amar que eu vim.