Espírito mulheril
Ora brando e relaxado
De tons marfim ou anil;
Nem sempre se sente bem
Estádios de mulheril.
Quantas vezes alma e corpo
Não estão em sintonia;
É a voz da consciência
Defraudando a fantasia.
O laranja fica escuro
O escuro torna-se preto;
Também eu fiz estas trovas
E pretendia um soneto.
Mas o tempo cura tudo
Volta à alma o colorido;
Não aquele que desejas
Mas o que te é permitido.
E corpo e alma, enfim
Voltam às cores triviais;
Anil ou cor de marfim
Essas duas, pouco mais.
07-04-2013
Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In “ Do Romântico ao Brejeiro”