Espírito mulheril
 

Ora brando e relaxado
De tons marfim ou anil;
Nem sempre se sente bem
Estádios de mulheril.
 
Quantas vezes alma e corpo
Não estão em sintonia;
É a voz da consciência
Defraudando a fantasia.
 
O laranja fica escuro
O escuro torna-se preto;
Também eu fiz estas trovas
E pretendia um soneto.
 
Mas o tempo cura tudo
Volta à alma o colorido;
Não aquele que desejas
Mas o que te é permitido.
 
E corpo e alma, enfim
Voltam às cores triviais;
Anil ou cor de marfim
Essas duas, pouco mais.


07-04-2013

Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In Do Romântico ao Brejeiro


 


 

 


 
 
 
 

Lucibei
Enviado por Lucibei em 13/12/2016
Reeditado em 01/11/2021
Código do texto: T5852207
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