TROVAS PILARENSES

Meus pés 'stão sujos de terra

E minhas mãos — terra tem;

Do Pilar que tanto amo

E que não nego a ninguém!

***

Faço um verso, de repente,

De repente faço um verso;

Só pra cantar minha gente,

Meu torrão, meu universo!

***

Minha pequena gigante,

Minha terra tão querida,

cantar-te-ei cada instante

como amor da minha vida!

***

Minha terra é pequenina,

Mas encanta o mundo inteiro,

Pois Pilar, em prosa e rima,

Honra o solo brasileiro!

***

Quem nunca escreveu um verso

Em Pilar fica inspirado,

Contemplando o universo

De Zé Lins, com seu passado.

***

Mesmo que incompreendido,

E mesmo que ignorado,

Nada recua o que sinto

Pelo meu torrão amado!

***

Minha terra não tem culpa

Da humana ingratidão;

Minha terra é minha terra,

As pessoas vêm e vão.

***

Não trouxe um pouco de terra

Da minha terra pra mim,

Mas no meu peito se encerra

Pilar inteira, sem fim!

***

Ah como eu queria está,

No próximo fim de semana,

Na feirinha do Pilar

Tomando um caldo de cana!

***

Pilar terra abençoada,

Melhor recanto do mundo!

É minha terra encantada

Que não esqueço um segundo.

***

Tem poetas, escritores,

Conhecido nos confins;

Meu Pilar sente orgulho

De ser Terra de Zé Lins!

***

Eu não vou para Pasárgada,

Pasárgada nem sei se há,

prefiro o chão da saudade

da minha amada Pilar!

***

És a terra que prefiro,

Que Deus me deu como minha;

Como escreveu Casimiro:

“Hei de fazê-la rainha”!

Antonio Costta

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— de meu livro "Trovas e Pensamentos"

Informações sobre o livro acesse este link:

http://www.clubedeautores.com.br/book/207318--Trovas_e_Pensamentos#.WEng0SmANv8