QUERIDO  NETO        
 
 
 
 
Nasci filho, mas não fui neto,
Freud deve explicar;
Sou vovô, com muito afeto,
Com um só neto, pra adorar.
 
Preferia ter um monte,
Pro meu amor esparramar;
Visto que é uma enorme fonte,
Que não  há de se esgotar.
 
De tudo que fiz na vida,
Em setenta e sete anos;
Alegria mais vivida,
Ser vovô no cotidiano.
 
Os pedidos absurdos,
As propostas indecorosas;
Apesar de meio surdo,
Ouço e as torno gostosas.
 
É um aluno brilhante,
Muito amigo de seus pais;
Apesar de adolescente,
Tem qualidades especiais.
 
Tem me dado mil motivos,
De alegria e satisfação;
Que me torna entre os vovôs,
Muito feliz, e mais babão.

O ser pai foi muito bom,
Mas vovô, é muito mais;
Mesmo quando sai do tom,
É problema dos seus pais.
 
Tenha certeza que pode,
Realmente contar comigo;
Se na vida surgir um bode,
O vovô é seu amigo.
 
Agora está namorando,
Como a vida passa rápido;
Uma neta estou ganhando,
Meu futuro é mais florido.
 
Você andou doentinho,
Machucando meu coração;
Lhe visitei com carinho,
Tinha que ver meu netão.
 
 
Gi, é a pura realidade,
    P A R A B É N S!!!