Coração de troveiro



Nos penhascos da solidão,
Aprecio a ampulheta do amor
De repente uma visão
Inflama o meu canto de cor.

Junto às pétalas da mente,
Aspiro um perfume oculto
Que me remete ao passado
De alegrias eu exulto.

Jogo com os fios de seda
Da sinceridade, e vambora!
Acesso os caminhos de ventura
Brinco nas nuvens da loucura.

É puro êxtase entre o céu e a terra!
Rejuvenesço em sorrisos,
Deito-me no jardim de canteiro
Advém-me  um sono preciso

A maçã se parte ao meio
Neste paraíso bem vindo
É noite, mas o sol ainda brilha
Neste coração de troveiro.