MUITAS PRIMAVERAS DEPOIS
Silêncio, que me traz tanto sossego
depois de tanta jornada.
Foi a vida que passou.
Sem esperança, se destino e sem apego
sem dinheiro e sem mais nada
só com a idade que avançou.
Fala de mim, num vilarejo distante,
uma certa criatura, de amores do passado.
E de histórias, dos meus tempos de rapaz
tempos que não voltam mais
que há anos estão enterrados.
Mas não encontro, na solidão do silêncio,
viva luz que irradia,
dos tempos da juventude,
compreendi, que no avançar da idade,
esquecer as vaidades,
passa a ser uma virtude.
Ela também, no seu canto se aquietou,
sabe que o tempo levou,
Seus amores, seus desejos.
e na distância do tempo que nos separa,
o meu coração dispara
se hoje ainda a vejo.