MUITAS PRIMAVERAS DEPOIS

Silêncio, que me traz tanto sossego

depois de tanta jornada.

Foi a vida que passou.

Sem esperança, se destino e sem apego

sem dinheiro e sem mais nada

só com a idade que avançou.

Fala de mim, num vilarejo distante,

uma certa criatura, de amores do passado.

E de histórias, dos meus tempos de rapaz

tempos que não voltam mais

que há anos estão enterrados.

Mas não encontro, na solidão do silêncio,

viva luz que irradia,

dos tempos da juventude,

compreendi, que no avançar da idade,

esquecer as vaidades,

passa a ser uma virtude.

Ela também, no seu canto se aquietou,

sabe que o tempo levou,

Seus amores, seus desejos.

e na distância do tempo que nos separa,

o meu coração dispara

se hoje ainda a vejo.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 11/09/2016
Reeditado em 11/09/2016
Código do texto: T5757505
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