Madeira-de-lei, lei azul
        Ofereço à querida amiga, trovadora Jeane Diogo



Aquela estrela longínqua
que me preside o nome
e o pão para minha fome
escondida na fundura

dos céus, guardará segredo
do que em mim mesma não sei
senão nos sonhos severos
de pátria onde esquecerei

agruras, perdas, soluços
desta longa, estranha sina
de sempre, que desde os ossos
caminha-me, ah, caminha

tal qual madeira-de-lei
na lei azul do meu nome
que é dos Reis, ah, que é dos Reis,
madeira que me consome.