SONHO DE CONSUMO
Do pouco que quero da vida
Já sei o que quero levar
Saudade da terra abatida
Que tenta só se levantar!
Não quero triplex de praia
Nem sitio para descansar
Só um pedalinho na serra
Pra mode eu poder pedalar!
Nas águas tranqüilas e escassas
Que qual o Rio Doce sumiram!
Quero navegar sem a desgraça
Do fluxo em tanto desalinho.
Não quero cozinha arretada
Distância de forno e fogão!
Eu quero é a vida honrada
Longe de toda assombração.
Não quero os flashes da mídia,
Na vida que eu quero levar
Eu quero é toda a premissa
De ver minha terra rebrotar!
Não quero botox na cara...
O que não irei dispensar:
Eu quero é vergonha na cara!
Que parem de nos usurpar.
Depois seguirei meu caminho
Certeza do dever ter cumprido:
Estender ao entorno sofrido...
A mão, a esquecer meu umbigo.