Colombina, à minha moda, em pleno carnaval
Arlequim, tu bem o sabes,
ao meu anseio mais fundo
tu bem sabes, e eu só digo:
Que o bom fado os nós desate.
Pierrô, digo a teu eu:
Nunca fui a leviana
que o teu destino atou.
A vida, sim, foi tirana
ela o foi e nos feriu...
deixou os navios sem leme...
Tanta dor... Minh' alma teme
e é preciso que haja um Deus.
Carnaval, me anestesio
por mim, por vós, pelos mais...
Que haja o sonho da Paz
a apascentar tais Vazios.