VERSOS VIVERES (63)
do RIOZINHO (1)
No final da enxurrada,
coisa gostosa que eu acho,
o riozinho em disparada
marulhando costa abaixo.
Serpenteando campinas
rumo célere do oceano,
desce o riozinho catrumano
varando cercas, sem doutrinas.
Correndo assim caudaloso
desce o riozinho a encosta,
peregrino lá da recosta,
vai ligeiro e perigoso.
Riozinho que corre manso
se esgueirando na mata...
De vez em quando uma cascata,
de quando em vez um remanso.