Sempre te amei.

Eu vou leiloar o que me resta

A esta altura da minha vida

O que foi o tapete de uma festa

Oferecida a uma alma cretina e fingida.

É um coração pacato e muito humilde

Que só como tapete serviu

E suportando tudo sem revide

O seu papel ridiculo cumpriu.

E apesar de estar bem cansado

Está bem vivo e não desiludido

Tenta esquecer que foi apunhalado

E já perdoou quando foi traido.

E pretende seguir em frente amando

Pois sempre acreditou num amor de verdade

E com emoção ainda sorri chorando

Porque ainda não perdeu a dignidade.

Por todas as vezes que o deixaram de amar

Fazendo ele sentir solidão e saudade

Sem magoas e rancor ele só quer perdoar

Pois não pretende morrer como um covarde.

A chance foi dada pra ele e a muitos

Mas ele escolheu o caminho do amor

Quem viveu do seu lado teve outros intuitos

Lhe causando o desprazer de uma imensa dor.

Não ostenta a aparencia de um tapete surrado

Porque ainda esboça um sorriso sereno

Peculiar de quem vive e viveu apaixonado

Apesar de falsos brindes e muitas taças de veneno.

Altivo vai seguindo de cabeça erguida

Folheando a pagina do livro do desamor

Mesmo sem medalhas pelas trilhas percorridas

Com fé no futuro a Deus segue rendendo louvor.

Como é comum pra todos o fim se aproxima

Vê duas lagrimas mornas correndo mas é de emoção

Por não ter jogado na lama sua auto estima

Apesar de machucado e marcado pela desilusão.

Honras de heróe se puder eu te darei

Quando este mundo ingrato tu deixar

Mas a preferida frase "sempre te amei"

Em silencio para o tumulo tu não vai levar.

Para a terra tu voltrás a pagar teu tributo

Mas a frase frase "sempre te amei"vai ecoar

Nas trovas humilde deste poeta matuto

Que mesmo desprezado,jamais deixou de amar.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 27/06/2007
Reeditado em 27/06/2007
Código do texto: T543450
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