Dá-me Senhor!!!
Aécio Kauffmann Vô Caburé
Páreo duro.
Agora envolvido no mais fero embate
que me não concede descanso e nem paz
forçando as trincheiras,buscando o combate
mostrando-se forte e com muito de audaz.
E as armas que usa ,em contrapartida
não buscam a morte ,pois só lhe apraz
manter-me aturdido e negando guarida
fazendo de mim ,triste-traste-incapaz.
E a forma de ataque é surpreendente
pois chega-se e vai sem que haja um momento
que possa aguardá-lo na linha de frente
pois se não me dá nem espaço e nem tempo.
E se não tem horas pra montar o ataque
também não dá mostras que tenha intenção
de,tendo vantagens, zerar meu bivaque
mantendo-me atento e sob pressão.
Há horas que tenho a impressão que ele espera
que eu canse e levante a bandeira de trégua
rendendo-me aos fatos , a tanto se esmera
mas se ele é compasso me transformo em régua.
que ao que é circunscrito impõe a medida
que me é infinita e no tempo se esvai.
E assim vamos indo cuidando a partida
que a régua se espicha e o compasso não sai
dos graus limitados qual seja abertura.
que é coisa sabida por qualquer pedreiro
que as lojas labutam e sempre a procura
do ponto-de-nivel ,do aprumo e roteiro.
Mas quera maleva não se faz vencido
pois não se arrenega.,nem fala em empate.
E por maula aperta o seu cerco imbuido
que logo,ao final ,se sai bem pro arremate
E assim eu vou indo cuidando os lançantes
curtindo esta dor que me impõe o parceiro
que dentro de mim e de mim tão distante
que pra atucicar sempre é dos primeiros .
Estou em mim mesmo.Bah tchê!.Não entendo.
me vejo no prélio a jogar duas frentes
Por um lado ataco a quem mais eu defendo
do outro eu guarneço a valer minha gente.
Vou tergiversando e buscando sentido
sem saber pra onde me vou,e até quando
terei inda forças pra não ser vencido
e o fero inimigo, de mim dispersando.
Mas pago o meu preço e mereço o castigo
meu erro foi grande em pensar que eu podia
querer ser janela só sendo postigo.
E eu fico a pensar...Como é que eu não via.
Se me ofereceram um'oportunidade
de estar junto dela .e havia um motivo
mais alto e mais forte na causualidade
que eu tonto não vi e lhe fiquei cativo.
do encanto que dela trescala harmonia
nos modos, nos gestos que tão fascinantes.
do jeito imanente ao dizer...Tu sabias?
Dos olhos tão cheios de luz...Faiscantes!
E assim,pouco a pouco,nasceu a afeição
e havia respeito no amor que surgia
e a miude se foi transformando em paixão
que aos poucos me vi envolvido em magia,
mas ela, a "sensata", se fez mais prudente
e fez seu balanço de perdas e danos
e logo sentiu ,que era amor imprudente
que a face "faceira" incorrera em engano.
ai se me chega a face mais nova
que quiz alcunhar como a "polaquinha"
que silenciosa,pois quase não trova,
se unindo a "sensata" e deixando sozinha
a minha "faceira" ,que não mais retorna,
talvez desterrada lá pro inconsciente.
E a dupla que então já se fez.Já se forma
terminando o amanho assim num repente.
E a mim,so restou ser também conivente
aceitando o embróglio no "osso do peito",
fugindo da liça, e de mim tão descrente
tão mais constrangido quanto contrafeito.
E ai o inimigo em mim,deu um jeito
ferindo minh'alma que bem conhecia
e só por maldade e a faltar-me o respeito
instala em meu ser tanta melancolia.
E aqui eu resumo a luta que travo
co'alguém que divide comigo a carcassa
mas prega-me as mão a uma cruz com seus cravos
e o meu coração,sem piedade,trespassa.
E desesperado me vejo sozinho
pois que elas se foram levando-me até
meus restos de amor e todo o meu carinho
deixando-me a míngua e sem traços de fé.
É duro compadre sentir que a jornada
pregaram-me peça .Fizeram aprontar,
Deixando-me a ver que há desvios na estrada
e que faz caminho quem vai caminhar.
Não sei o que possa esperar do futuro
que o meu faz-se curto e vai se acabar
mas levo comigo a certeza que impuros
se tornam sobrantes pois não sabem amar.
Aecio