VERSOS VIVERES (53)

dos CEUS

O meu azul inspiração

onde é que foi parar,

tantas nuvens a navegar

esconderam a cambraia então.

Estas tardes de invernia

com ceu azul de porcelana

vão inspirando todavia

o verso-vento, a rima soberana.

Ceu azul de brigadeiro,

minha inspiração maior,

cambraia mor, veu lindeiro,

quantos mundos ao seu redor.

O ceu azul de porcelana

neste junho hibernal

diz de forma soberana

que o palco-vida é magistral.