casa dos pronomes

... e vou-me...

pela ébria noite

perdido no fascínio da ausência de tempo*,

rodeado das liras do meu imaginário,

em busca do ápice das eras desse real,

contemplador do sublime,

como em oliveiras,

brumas e tulipas

com cheiro de ófelia

atirando as vontades do ínfimo eu,

outrora submerso por elas,

que aspiram por um banquete,

e que se faça presente

a pantera de dionísio, e o próprio,

para que a primavera

entre rindo em qualquer época,

fertilizando os corações

Antero Kalik
Enviado por Antero Kalik em 23/06/2007
Reeditado em 01/06/2020
Código do texto: T538537
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