PELAS CÚPULAS DAS AMÉRICAS (humor)
Pela era do progresso
A fantasia do esperar!
A promessa segue fashion
Tira o chapéu... no Panamá.
Toda América de mãos dadas
Para a grande evolução...
Da igualdade prometida
Da qual não se abre mão.
Sobe a voz do líder master
Cuja mão vem aceitar
Um charuto obsoleto
Que jamais o quis tragar.
Foi qual bravo xeque- mate!
No tablado dum xadrez...
Que ceifou a engrenagem
Do que nunca tinha vez.
Soa a forte aliança
Prometendo bem estar
Todavia há crianças
Por aqui sem um olhar!
Foi falado em insegurança
A que espreita a nos matar
Pelas ruas das cidades
Sempre a todos a assustar.
Foi só solidariedade
Da saúde à drogadição
Mas o povo quer verdade!
Quer sentir um coração.
Pelas fomes das calçadas
Sob montanhas de lixo
Àgua escassa nas torneiras
Nós morremos é de mosquitos.
Mas a voz é poderosa!
Quem a iria refutar?
Se dali soa formosa
Para a tantos adoçar...
Diz ali que a sociedade
É só consolidação!
Dos cuidados que a saudade...
Vive pondo a sua mão.
Dizem que a classe média
Por aqui teve explosão
Média que sequer na mesa
Pode degustar seu pão.
O idoso pensionista
Perde tudo de montão...
Só na feira e na energia
E na água sem vazão.
Todo circo ficou caro
No país do futebol...
Nem sequer há alegria
Mesmo em dias de sol.
Os moinhos dos bons ventos
Já deixaram de girar
Não nos há sequer alento
Que nos faça acreditar.
Ora, teve até discurso
Em prol da educação!
Na verdade ,em absoluto,
Tudo ficou na intenção.
A voz sobe gloriosa...
Como quem tem solução!
Mas o povo hoje acorda
E jaz na corrupção.
O capital tão açoitado
Nele meteram a mão...
E em nome da igualdade
Seguem todos sem ter chão.
Foi dinheiro incontável
Lá pros bancos da Suiça
Enquanto à sociedade
Há sequer o que enguiça!
Foi dinheiro na cueca
Mensalinho, mensalão
Foi na meia e na calcinha
Deus nos livre dessas mãos!
Passadena do Petróleo
Parece que já passou
Deixou o óleo depenado
E já queimou o que sobrou!
A Capital da nostalgia
De poesia encantadora...
Panamá ouve a poesia:
Duma Pátria educadora.
Todo o nosso sacrifício...
Tá caído de Maduro
Já não há mais artifício
Que acenda o nosso escuro.
Mas a América já caminha
Até a daqui debaixo
De Pero Vaz de Caminha
À carta aberta ao debate...
Que a debalde não concerta
Todo nosso retrocesso...
Dentre tudo que desperta
Lá no palco do Congresso.
Diz a voz que tudo prega
Que a ordem é educação...
Mas a Pátria que se preza,
Segue sem corrupção.
De New york a Havana
Todos gostam de hamburguer
Casa branca tem a grana
E os Mac Donalds os quitutes.
Nós aqui temos a PIZZA
Sabor água no feijão!
Que é "pra mode" toda gente
Se esquecer do petrolão.
Do recente episódio
Dos hamsters buscando um cheiro...
Segue à Havana a receita
Charuto de pão com queijo.
Pelas cúpulas das Américas
Hoje o mundo inteiro acorda
Dias que marcam a era
Novo acordo na História.
Mas história que se preza
Não se escreve nos discursos
É preciso fortaleza
Para vivê-la em decurso...
Por aqui ninguém aguenta
Mais tamanha falação!
Deus ajude que as Américas
Sejam todas o mesmo chão.