Trovas
Agiganta os alicerces, traz satisfação
E confia no que há dentro, meu doce
E se ficares na rua aceitando o coice
Seu fim será com a desilusão.
Caiu, mas levantou-se fortificado
Sabia que não ganharia dessa vez
Se colocou a querer ser o francês
Que não era menos que um desalmado.
O nada era um quadro da memória
Em que o garoto pintou no coração
Quando sentiu que a alma chora
Nunca mais ficou no nada, na ilusão.
As falaçadas da noite parda
Descrevem na escrita de um mendigo
Que traz o cenário do pobre e do rico
Que se apaixonam por uma mesma de sarda.
São crises da meia noite a esmo
Quando um canto açoite, inebria
Traz no centro a imagem fria
Um bêbado, conversando com ele mesmo.
São palavras de casos reais
Aqueles que nunca acontecem
Vivem nas imagens banais
E logo, de longe, enlouquecem.
O trovador ensaia a alma que diz
vê paisagens internas e externas
ressalta a vida, é um aprendiz
Tira todos que vivem na caverna