MINHAS TROVAS E BALADAS
Sigo p´ la estrada cantando
Desafiando o rouxinol
Dou comigo versejando
Antes do nascer do sol.
Avisou-me a cotovia
Que outro dia começou
E acordar precisaria
Pois a noite transitou.
Minhas trovas e baladas
Tanto a frio como a quente
Ficam bem acomodadas
Na alma de toda a gente.
Há muitas coisas na vida
Que dão gozo e igual prazer
Toda a alma renascida
Felicidade pode ter.
Nem tudo o que existe agrada
Em qualquer consideração
Mas há sempre um tudo ou nada
Que dá vida à ocasião.
Tudo aquilo que é instinto
E que vem ao pensamento
Faz parte do labirinto
Do humano sentimento.
Nos convívios sociais
Que um humano reproduz
Há que pesar os sinais
Para além do que reluz.
Há sempre razão de ser
Em tudo o que acontece
Mas nunca se está a ver
Todo o nó que prevalece.
Em todo e qualquer deslize
Que assombreia a caminhada
Procuremos quem avise
O horizonte da passada.
Há colinas e há montanhas
Terrenos pr´ ultrapassar
Mas há trevas p´ las entranhas
Que demoram a desvendar.
Nas horas da indecisão
E neblina que s´ encontre
Tenhamos sempre na mão
A origem de cada fonte.
Seja uma trova ou balada
Que se queira pôr na rua
Cantemos de madrugada
À luz do sol ou da lua.
Fazer versos ou cantar
Por entre gotas de suor
É um excelente manjar
Para um feliz trovador!
Frassino Machado
In AO CORRER DA PENA