Canção de Halgard – ( Filho deste mundo)
O caminho longo ao Norte
Desbravado para nascer uma nova lenda
Em meu coração a lembrança do lago de gelo
E meu semblante era triste e sombrio!
Nas cantigas antigas e perdidas no tempo
Havia em certa floresta, um sábio andarilho
Seu nome era Halgard, o cavaleiro
Perdido em lendas e devaneios de guerra
Sua mente se distanciou deste mundo
E suas mãos se tornaram como cravo e ferro
Em seu coração uma lembrança o transformou
Ele retornaria ao lago de gelo, sem lembranças.
O horizonte de sol escarlate se foi para sempre
O frio e o gelo em nossos corações ficaram espessos
E a memória de um herói se corrompeu para sempre
Halgard, o cavaleiro, retorne ao lago de gelo.
Com milhares de almas em suas mãos
Um espelho branco mostrava negras torres
Sua mente se distanciou deste mundo
E suas mãos se tornaram como cravo e ferro
Em seu coração uma lembrança o transformou
Ele retornaria ao lago de gelo, sem lembranças.
Sua alma congelada e sua mente perdida
Loucura acometeu sua bondade fendida
Em ferro antigo suas mãos escravizam
Seu nome foi Halgard, Baluarte esquecido.
Esquecido nos salões negros do passado
A guerra recai sobre o espelho da ira
E marcham contra Opherus mão negra
Em um mar crescente de ódio e pecado.
Com milhares de almas em suas mãos
Um espelho branco mostrava negras torres
Sua mente se distanciou deste mundo
E suas mãos se tornaram como cravo e ferro
Em seu coração uma lembrança o transformou
Ele retornaria ao lago de gelo, sem lembranças.
Seus olhos fitaram o fundo do lago
Que cheio de maldição congelou sua vontade
Onde o velho Halgard repousou sua lança?
Seus olhos fitaram além do espelho branco
Que trouxe de terras negras vontades do passado
Onde o velho Halgard repousou sua lança?
Cavalgando como um antigo fantasma
Sua alma fundida de dor e esperança
Vasculha um novo caminho pela escuridão
Para renascer em seu mundo, como fogo.
Anos de desolação, escravidão e dor
Devastação sangrenta e guerras de horror
Seus corações se tornaram como cravo e ferro
E uma esperança brilhou novamente, como fogo!
Com milhares de vidas em suas mãos
Um espelho branco surgiu como lenda
Sua mente retornou a este mundo, sábia
E suas mãos portavam as chaves da liberdade
Em seu coração uma lembrança o motivou
Ele retornaria ao lago de gelo, com a lança, em chamas!
O caminho longo ao norte
Desbravado para nascer uma nova lenda,
Em meu coração a lembrança do lago de gelo
Em minha lembrança, o esquecimento!
Reylorn Andrajos de Aldeão
Crônicas de Ventanean