- Quadro de Zé Augustho Marques, do blog Zé Poesia. O autor é gaúcho. Pintor, ilustrador, chargista, poeta e crítico de arte.
BAÚ DE TROVAS [CII]
1 Balanço
Quando tu andas, não canso
de olhares deitar em ti...
Dos teus quadris o balanço
lembra os voos de um colibri.
2 Malfalado
De malfalado, o Congresso
tem rabo preso, também;
se dele os partidos meço,
quase não presta ninguém.
3 Sanção
De mulher todo agressor
faz jus à tornozeleira:
covarde, e nisto doutor,
ficha-suja a vida inteira.
4 Tendência
Não uso língua postiça
de falar na minha vez;
estudo a norma castiça,
mas trovo no populês.
5 Viajor
Do teu barco navegante,
sempre num mar de bonanças,
fiz-me teu nauta constante
– meu leme são tuas tranças.
Fort., 09/01/2015.
BAÚ DE TROVAS [CII]
1 Balanço
Quando tu andas, não canso
de olhares deitar em ti...
Dos teus quadris o balanço
lembra os voos de um colibri.
2 Malfalado
De malfalado, o Congresso
tem rabo preso, também;
se dele os partidos meço,
quase não presta ninguém.
3 Sanção
De mulher todo agressor
faz jus à tornozeleira:
covarde, e nisto doutor,
ficha-suja a vida inteira.
4 Tendência
Não uso língua postiça
de falar na minha vez;
estudo a norma castiça,
mas trovo no populês.
5 Viajor
Do teu barco navegante,
sempre num mar de bonanças,
fiz-me teu nauta constante
– meu leme são tuas tranças.
Fort., 09/01/2015.