Só Deus que domina.
Um veleiro a deriva em cima das aguas
Sem rumo e sem meta a merce dos ventos
É o coração de um poeta sem rancor e sem magoas
Falando de amores de paz e de seus próprios tormentos.
Falando de saudades e de amores passados
Canta quando chora e chora cantando
Com sorrisos ou lagrimas está sempre apaixonado
E na busca insesante chora e canta navegando.
Versos são criados enquanto as aguas balança
O vento que o levá é o mesmo que o traz
Soprando as brancas velas da esperança
Igual bandeiras que tremulam na paz.
Liberdade é vida pra este veleiro
Só Deus quem domina suas idas e vindas
De nada no mundo se faz prisioneiro
Nem das próprias saudades que são infindas.
E assim vai navegando pela vida afora
Só com o intuito de espalhar o amor
Seu tempo termina e ele então vai embora
Deixando o seu nome na petala de uma flor.