instantes d'alma...trovas soltas

sigo até ao fim da margem

deste rio feito de nostalgia

num sonho curto à imagem

da minha...perdida um dia.

no rosto um amargo traço

sem a visão da primavera

morto, o inverno a um passo

rosto onde o tempo lidera

o olhar de névoa baça...

mocho adivinha o lamento

inspiração ao vento q'passa

riso asfixiando, sem tento.

o peito se abre de negro...

palavras ditas e que escrevo

são a chave do meu segredo

tudo o que à Poesia devo...

fim da tarde, manhã cedo

assim vou enganando a idade

sigo a margem sem medo

no peito levo a saudade

natalia nuno

rosafogo

11/2008