SOU UM VULTO A DERIVA.
Sou um vulto a deriva,
O vento tem meu destino,
Mais vale uma cadela,
Do que um ser peregrino.
É a coroação do viço,
No semblante da donzela,
A invocar suas vísceras,
Uma opulenta aquarela.
O desamor fraciona-me,
A virtude me preserva,
A vida é um codinome,
Esta é minha atmosfera.
Teu hálito me apetece,
Tuas coxas me fascinam,
Quando o dia amanhece,
Eu já sou adrenalina.
Apazigua a tua alma,
Eu volto logo que der,
Este teu lado mulher,
A mim traduz à calma.
Decolei do solo firme,
Mas o sonho acabou,
Uma chuva inesperada,
Meu avião desmanchou.
A paixão que cochilava,
Foi acordada agora,
Com este intuitivo verso,
Que da tua alma aflora.
De criança para adulto,
Uma longa caminhada,
Eliminamos o luto,
Com sadias amizades.
O amor e a verdade,
Estes se quer se conhecem,
Mas ah uma falsidade
Que a mentira enobrece.
A vida é uma concessão,
Mas o homem zela dela,
E provem do seu condão,
Brilhar nesta passarela.
LUSO POEMAS 10/10/14