Trovas e prosas I
Trovas e prosas do dia-a-dia
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Não vou comer esta trova,
Ela traz indigestão.
Ela é comida nova,
Faz parte da conservação.
A solidão é indiscreta,
É cheia de nostalgia.
É como se fosse um poeta,
Que nunca fêz poesia.
Eu sei fazer poesia,
Sei sorrir e cantar.
Vovó sempre me dizia:
Saber não ocupa lugar.
Existe amor infeliz,
Começa com o padre
Termina com o juiz.
Eu não vou roubar desse jeito,
Com as forças que Deus me deu
Pra sustentar um sujeito,
Vagabundo que nem eu.
Deitado na rede da oca,
O índio tarado suplica:
- Índio não quer pipoca,
Índio quer é pô pica.