QUANDO POSSO EU ME DOU.

Meu coração é de aço,

Na batida tem zunido,

Esta vida é um fiasco,

Eu preferia ter morrido.

A vontade faz milagre,

Este ser deu prova disto,

Antes era um miserável,

Agora um ser bem visto.

Meu vale contempla o teu,

Por aqui tem duas serras.

As flores nascem no meio,

Suas belezas nos veneram

A primavera me encanta,

Muito mais o teu versar,

Quando a alma se acalanta,

O corpo pode repousar.

Tua pela tem feitiço,

Os teus olhos me encantam,

Vou fazer-te um convite,

Me aceitas ou desbanca.

Quero afagar teus cabelos,

Sentir o calor dos seios,

E se mais me permitires,

Vou acariciar teus meios.

O amor me bate em falso,

Para o outro foi verdade,

Nasceu a calamidade,

De um ser estelionatário.

Se queres me liberar

Venhas para o meu cafofo,

E permitas nos amarmos,

Tirar de nós dois o mofo!.

O aconchego trocado,

Tem valia e frescor,

E pode ser avaliado,

Como braço do amor.

Quando posso eu me dou,

Mas tem dias impossíveis,

Não dependas deste amor,

Busque outro paraíso.