É A FOME BUROCRÁTICA.

O querer tem endereço,

O desprezo é falcatrua,

O amor é um adereço,

A recusa é pisadura.

Dependência é cruel,

O outro esnoba gente,

Prefiro amargar o fel,

Que ser subserviente.

Sou evento do agora,

Do passado nada sei,

A saudade desprezei,

Matei minha memória.

Não busco satisfação,

A vida já deu o fruto,

Agora é só curtir luto,

Até a minha inanição.

Meu coração é vazio,

Perdeu o entusiasmo,

Prefere viver o frio,

Referendar o marasmo.

A leitura me seduz,

Também gosto de escrever,

Seja eletrônico ou papel,

Eu gosto de me entreter

Faço intervalos gigantes,

Entre e minhas conexões,

Só uso o PC de mesa,

Curto outras diversões.

É a fauna em decanto,

No canto da passarada,

É amenizar ao pranto,

Na mata não explorada!.

Canto em homilia,

Para santificar-me,

Porem é na poesia,

Todo o meu relaxar.

É a fome burocrática,

Que atravanca este pais,

Se sensatez nos faz falta,

A ignorância pede bis.