O AZAR É DOGMÁTICO.

Tu serás o meu poema,

A fonte de inspiração,

Conterás o meu dilema,

Da falta de criações.

Feitiço não se desfaz,

Todo mal tem prescrição,

E as obras de satanás,

Deus cobre com seu condão.

O azar é dogmático,

A sorte é invenção,

O trevo é superstição,

O descrer é pragmático.

A vida é uma cilada,

Dela nada me apetece,

Quando uma é ceifada,

A descrença me aquece.

O amor já foi vivido,

Quis assim a natureza,

Busque do seu sentido,

Desabrigar a tristeza.

Toda guerra é idiota,

O homem seu criador,

A natureza aborta,

Este burro desamor.

A semente só germina,

Se o adubo for legítimo,

Caso haja um desvio,

O nascimento declina.

O amor se endereça,

A corações receptivos,

Logo entenda a razão,

Deste teu amor comigo.

A flor surge do nada,

Enfeita nosso viver,

Por Deus idealizada,

Nos aquece o merecer.

Olhando a ti eu vigoro,

Minha alma fica lúcida,

As maldades ignoro,

Esta é minha astúcia.