A MATANÇA DOS INOCENTES

“Balada de Gazah”

Estrelejam roquetes pelo ar

E há rebentamentos frementes

Nesta matança de inocentes

Com gemidos em cada lar.

São muitas as vidas ceifadas

Por um orgulho empedernido

Num futuro comprometido

De tempestuosas madrugadas.

Ouvem-se sirenes e sinos,

Ambulâncias em contra-voz,

Mas também um silêncio atroz

Entre todos os assassinos.

Há culpados de parte a parte,

Desalmados a esmo servis,

E há rostos com negro verniz

Sem ter piedade nem arte.

Vão duzentos anos de Luzes

Em oito gerações de idades

Mas em vez de fraternidades

Renascem os ódios e as cruzes.

Em Gazah há gritos continuados

Imperam a vergonha e a farsa

De Humanidade só desgraça

Por labirintos esburacados.

Ninguém dá a mão à palmatória

Que o rastilho é muito profundo

Não está dentro, mas no mundo,

A razão que é mais que notória!

Frassino Machado

In ODISSEIA DA ALMA

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 30/07/2014
Código do texto: T4902708
Classificação de conteúdo: seguro