BORDAR É CRAVAR RELEVO
O trovar é espontâneo,
Não requer a profissão,
Cada um do seu tamanho,
No coser desta missão.
A trova requer verdade,
Isto você tem de sobra,
Não fastas capacidade,
O não querer te esnoba.
Tens a magia poética,
Disto eu salientei-te,
Mas se continuas cética,
Isto gera um aperreio!.
No dia do trovador,
Deixo meu parecer,
Só escrevo por amor,
Mas exceção é você.
A minha trova é perdida,
As leituras são minguadas,
As escrevo só por guarida,
Para as deixar registradas.
A trova faz redundância,
Em seu dia comemorativo,
Os versos tem relevância,
E o poeta o compromisso.
Tua trova é verídica,
Vejo nela o teu valor,
É a poesia explicita,
O versar dum trovador!.
A saudade é uma flor,
Perfuma ou vela defunto,
Referendando ao amor,
Nos harmoniza o conjunto.
O arrocho que judia,
Tem nome foi batizado,
É fonte das agonias,
E chamamos de saudade.
O meu querer é vidente,
Diz que você vai voltar,
Teu coração é inocente,
Quer a outro amor lograr!.
Bordar é cravar relevo,
Precisa fazer ranhuras,
Provoca o desassossego,
Reacende as amarguras.
LUSO POEMAS 20/07/14