A MORTE JÁ ME ASSEDIA.
Esta rosa nasceu tua,
Tens dela a propriedade,
E tu seras sempre musa,
Das minhas cumplicidades.
Quem se entrega à libido,
Sofre mera conseqüência,
Tem seu amor preterido,
Pela vil conveniência.
Se o amor nasce viçoso,
Murcha depois de ferido,
Mas quando é caloroso,
Dura por toda uma vida.
A chuva molha o vidro,
Umedece a mina mente,
Me faz um ser atrevido,
Te desejo imensamente.
Depois da escuridão,
Vem o dia renovado,
Mas a minha emoção,
Encontra-se elevada.
Nada mas eu agradeço
Perdi da vida o sabor,
O novo dia eu padeço,
Sobreviver é um horror
A morte me assedia,
Dela quero serenidade,
A vida só me judia,
Retiro-me sem saudades.
Nas trapaças do amor,
Fostes vítima indefesa,
Agora sanada a dor,
Te postas de realeza!.
No embate pé com pé.
Meu pé conquistou o teu,
Agora como é que é!,
Se o teu pé já adormeceu?
Podes tocar a tua vida,
Esquece este moribundo,
Que já te abriu feridas,
Com o orgulho profundo.