BRASILBÓLIA 22, O FOLECO E A BRAZUCA
O Brasil tem dois amores
Que em tudo são iguais
Serão sempre como flores
De quem todos gostam mais.
Este País de rua em rua
Nunca sabe o que fazer
Cada um fica na sua
E dos dois gosta a valer.
Que este amor se não acabe
Pensam todos, tanta vez,
Mas enquanto ninguém sabe
Bem felizes são os três.
O Foleco e a brazuca
Vêm lá dos seus abrigos
Em paixão quase maluca
Na vida são bons amigos.
Em cada noite a dormir
Foleco sonha com a bola
Acorda sempre a sorrir
E vai preparar a sacola.
Lá dentro mete a brazuca
O livro da escola também
Enquanto ajeita a peruca
Vai desafiando alguém.
Quase nem toma alimento
Cada hora é para os dois
Migalhas leva-as o vento
A sandes virá depois.
O mestre-escola, esse espera,
Não pense que eu sou tolo
Que o Foleco não desespera
Até meter o primeiro golo.
Anda cá, ó brazuquinha,
Eu contigo sou alguém
Depois desta peladinha
Como nós não há ninguém.
Da rua para o gramado
Havemos de lá chegar
O nosso amor encantado
Há-de sempre triunfar.
Todo o mundo nos adora
Temos fama e bons proventos
Vai crescendo a cada hora
Este alfobre de talentos.
Voltaremos cá um dia
A este tão belo país
Com dinheiro e alegria
E um destino que Deus quis!
Frassino Machado
In A MUSA DOS ESTÁDIOS
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