SONHAS TU O QUANTO QUEIRAS

Sonhas tu o quanto queiras,

Mas nunca percas o solo,

Alguns deles são besteira,

Outros apenas consolam.

Apimentam nossas vidas,

Botam gosto onde não tem

Mas abrem novas feridas,

Naquilo que não convém.

Fui em busca de um deles,

Me perdi no firmamento,

Andei perto das estrelas,

Só me sobraram lamentos.

Hoje quando durmo muito,

Sou levado a não sonhar,

Pois a vida de um defunto,

Resulta em não acordar-se.

Quero ter a consciência,

Acesa como um pavio,

Retardando a demência,

Que me persegue a um fio.

Exercitando ao saber,

Emprego minha energia,

Demoro mais a esquecer,

Tudo que antes aprendia.

Contido nesta inércia,

De ser um bobo eloqüente,

Aguardo novas promessas,

Pra melhorar como gente.

Luso poemas 28/01/13