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- Tela de Aldemir Martins (CE).
BAÚ DE TROVAS [XCVII]
1 Natureza morta
Quando o teu amor entorta
e de beijos não o pintas,
tens aí paisagem morta:
só o consertam novas tintas.
2 Pé na estrada
Não levo jeito de pato:
sou do tipo d’alma seco,
mas, com todos, muito grato;
faço a hora, pego o beco.
3 Sem neura
Questões pequenas, furtivas,
que me vêm no dia a dia,
não acho que são precisas
– num cardápio dão azia.
4 Toque de caixa
Nada se firma ligeiro:
tudo passa por conquista,
e não sei se verdadeiro
o amor à primeira vista.
5 Vai é vendo
Nunca se mostra a coragem:
melhor se a se deixa ver,
que não se ganha homenagem
antes de a guerra vencer.
Fort., 03/04/2014.
- Tela de Aldemir Martins (CE).
BAÚ DE TROVAS [XCVII]
1 Natureza morta
Quando o teu amor entorta
e de beijos não o pintas,
tens aí paisagem morta:
só o consertam novas tintas.
2 Pé na estrada
Não levo jeito de pato:
sou do tipo d’alma seco,
mas, com todos, muito grato;
faço a hora, pego o beco.
3 Sem neura
Questões pequenas, furtivas,
que me vêm no dia a dia,
não acho que são precisas
– num cardápio dão azia.
4 Toque de caixa
Nada se firma ligeiro:
tudo passa por conquista,
e não sei se verdadeiro
o amor à primeira vista.
5 Vai é vendo
Nunca se mostra a coragem:
melhor se a se deixa ver,
que não se ganha homenagem
antes de a guerra vencer.
Fort., 03/04/2014.