Para falar da vida
Você não mensura a mágoa,
e muitos males recebe,
consumido por uma água
que passarinho não bebe.
Sorriso, um copo de rum,
Beiju, requeijão... até
No nosso quebra jejum,
Um fumegante café.
Volto ileso, agora vou
Em silêncio entender tudo:
-Quando a vida me surrou,
Deus me emprestou seu escudo.
O mundo é serpente esquiva,
Barco em perigoso mar.
Mas a verdade motiva,
E me leva a caminhar.
Goma, frutos de montão;
Leite, doces e farinha...
Quando chove no sertão,
A bonança se avizinha.