APENAS SATIRIZANDO

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Na lagoa o sapo ecoa

canta alto o violino

na esquina empina a pipa,

alegre o menino.

A floresta canta breve

passarinho lá gorjeia

cá de longe falo alto

canto samba, realejo

Sapo entoa canto lindo

Canta Zeca Pagodinho

Na rua ao lado a bola

Rola, rola vai sumindo

Pulo a cerca, vejo o galo

em cima da gradinha

enverga vara da roseira

enxota a galinha

Tarde, noite, maio, abril

lua cheia a brilhar

canta o galo da vizinha

cococococoricá.

Chega de coisa sem nexo

chega de tagarelá

vou dormir, é meia noite

sonhá com os anjos a vuá

Amanhã segunda-feira

pego no cabo, da minha enxada

aperto o pé na estrada

vou pra roça apartá gado

Chego lá juntim do sol

que nasceu depois de mim

ele nasce todo dia

e se põe devagarzim

Ta bão, chega de prosa

o meu saco já encheu

fica aí na sua casa

vou pra minha, vou com Deus

Fatima Paraguassú
Enviado por Fatima Paraguassú em 02/05/2007
Reeditado em 02/05/2007
Código do texto: T472794