O que quero lhe vender,
É um produto usado;
Portanto não vá querer,
Que ele esteja imaculado.

Outro novo tem na loja,
Entretanto bem mais caro;
Sua frescura me enoja,
Que é pobre ficou claro.

Você veio ao brechó,
Pois barato quer comprar;
Pare o forrobodó,
A mim não vai enganar.

Orgulho maior que as posses,
Aqui vejo todo dia;
Por que se assim não fosse,
A vaidade morreria.

Não precisa mais mostrar,
Que não tem berço também;
Se não consegue aceitar,
Que o que lhe falta é vintém.

Se lhe falta o dinheiro,
Critério deve sobrar;
Educação vem primeiro,
Sempre em qualquer lugar.

O dinheiro com certeza,
Mascara o comportar;
O que dá muita tristeza,
Pois ele pode acabar.

Comportamento ridículo,
Quem passa por quem não é;
Quem age assim intitulo,
Imbecil ou pangaré.