ABISMO INCANDESCENTE
Falta-me água, falta-me teto,
Nem reconheço minhas mãos
Fiquei cega dos dois olhos
Vivo em completa escuridão.
Será uma doença que me consome
Que tritura meus ossos
Que me deixa sem forças,
Sem respiração?
Que fenda é esta
Que em mim se abriu
Que me fez perder o norte,
Tirou-me o sono, roubou meus sonhos, me trouxe a morte?
Ouço uma voz
Que murmura docemente:
Não é algo assim, parecido com o sertão?
Que te sufoca o peito e aperta o coração?
Eu respondo que sim.
Sinto-me sem paz, sem valor, sem razão
Caminhando num deserto sem oásis, sem proteção
A mercê desse abismo incandescente da Paixão.
Falta-me água, falta-me teto,
Nem reconheço minhas mãos
Fiquei cega dos dois olhos
Vivo em completa escuridão.
Será uma doença que me consome
Que tritura meus ossos
Que me deixa sem forças,
Sem respiração?
Que fenda é esta
Que em mim se abriu
Que me fez perder o norte,
Tirou-me o sono, roubou meus sonhos, me trouxe a morte?
Ouço uma voz
Que murmura docemente:
Não é algo assim, parecido com o sertão?
Que te sufoca o peito e aperta o coração?
Eu respondo que sim.
Sinto-me sem paz, sem valor, sem razão
Caminhando num deserto sem oásis, sem proteção
A mercê desse abismo incandescente da Paixão.