Eu acho que sou o conjunto.

Eu queria ser o sereno

Que a noite cai sobre a flor

Queria ser o veneno

De uma morte sem dor.

Queria ser uma estrada

Que a muitos lugares conduz

Queria seguir a jornada

Sem chorar como me propus.

Queria ser um vagalume

Na noite escura e fria

Ser um peixe do cardume

Ou a nota de uma melodia.

Queria ser o destino

Onde Ela propos chegar

Queria ser só um menino

Pra ELa me ensinar a amar.

Queria ser o colorido

Enfeitando sua primavera

Ser o seu maior ocorrido

Que lhe marcou em uma era.

Queria ser o brilho da estrela

Numa noite de escuridão

Só queria nesta noite-tela

Encostada em meu coração.

Queria ser tudo isso e mais

Só pra fazer parte da sua canção

Ou apenas o lenço que ELA traz

Junto a face na hora da emoção.

Queria ser a caneta do poeta

Que com capricho escreve

Tanta frase bonita e discreta

E pra elogia-la é que serve.

Queria ser o anel de strass

No dedo da sua mão

Ser o brilho que ele faz

Enquanto dedilha o violão.

Mas acredito ser o conjunto

E ser o poeta tambem

Que um turbilhão de palavras ajunto

Tentando fazer feliz alguem.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 29/04/2007
Código do texto: T467990
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